A força que nos moveu em 2020

Agora estamos fazendo um ano entre liberdade e o confinamento obrigatório e fiquei pensando na energia que movimentou a nossa vida, as nossas escolhas e nos faz suportar algumas situações com harmonia, flexibilidade e energia.

E coloquei o meu pensamento no movimento de algumas pessoas conhecidas ou não que fizeram e fazem o mundo melhor com as suas atitudes.

Lembrei de pessoas que não puderam ficar em casa durante os momentos de confinamento e foram trabalhar, se expondo ao inverno, a chuva e ao próprio vírus. Para alguns pode parecer apenas necessidade, mas há uma coragem que propicia esse movimento.

Pensei nas mães que tiveram que trabalhar em casa, com os filhos em casa solicitando a sua atenção em vários momentos do dia. Imaginei a capacidade inserida nessa mãe de ter que dar o seu melhor no trabalho e em casa ao mesmo tempo. Na entrega que teve que dar todos os dias e muitas vezes a noite ao cuidar desses filhos.

Pensei na energia que move um pai que teve que sair de casa todos os dias, mesmo sem vontade, para ir trabalhar sabendo de todas as adversidades que ia enfrentar no seu dia. E mesmo assim sabia da importância do seu salário para levar comida para casa e o conforto da sua família.

Pensei também em como estaria a cabeça de um empresário, que tem vários funcionários em sua empresa e dependem da sua agilidade, criatividade e determinação para manter tudo fluindo e assim ter como sustentar esses funcionários.

Pensei nas igrejas, congregações, instituições, agremiações que se movimentaram para angariar comida e bens de primeira necessidade para ajudar aqueles que perderam tudo ou quase tudo com essa situação atual. E levar a essas pessoas um pouco de dignidade, conforto e carinho.

Pensei em nós, Magos Divinos, que investiram centenas de horas do seu tempo livre para “orar” por hospitais, pessoas doentes e situações de desespero. Em um trabalho profundo de doação de energia e foco.
Pensei nos bombeiros, enfermeiros, médicos, auxiliares que esqueceram o seu próprio medo do vírus e de perder tudo o que tinham, inclusive a vida para servir, cuidar e preservar a vida do seu semelhante.

Pensei nos bons dirigentes de hospitais, lares, orfanatos, presídios, concelhos e países que se viram envolvidos por situações nunca antes vividas e como um mágico do circo, tiveram que tirar soluções da cartola, como uma mágica para gerar algo de harmonia em um momento de caos e de pandemia.
Pensei nos cientistas que, nunca trabalharam tanto no sentido de encontrar uma vacina, e outras medicações que já puderam salvar milhões de vidas e proporcionar, em algum momento, que a nossa vida volte a uma situação mais normal e confortável.

Pensei na energia que fez gerar todo esse movimento que descrevi agora em cada casa, em cada concelho, distrito, país e planeta. E percebi que o que movimenta tudo isso é o amor! Mesmo que disfarçado de propósito, meta, obrigação, necessidade, é amor na mesma! Porque o amor é uma das matrizes geradoras de Deus para fazer tudo funcionar, o tempo todo, a cada segundo, aqui ou em marte. O amor é o vórtice que move as pessoas de boa vontade desde as que limpam o chão da rua, até aquelas que governam um país. O amor é a base de Deus em dar a vida a uma criança que nasce e a uma pessoa que morre. O amor é a profunda essência que nos faz acordar, limpar, cozinhar, trabalhar, servir, orar e continuar.

E aqueles que ainda não conseguiram entender isso e fazem exatamente o oposto são aqueles que não conseguem sentir o amor e como crianças mimadas querem chamar a atenção dos seus pais.

Enfim, pensei que esse ano que passou foi diferente de todos os anos e nos fez repensar tudo o que vivemos até agora. Mas, aqueles que descrevi acima podem ter certeza que fizeram o seu melhor apesar de todas as adversidades e que nenhum segundo vivido foi em vão, se em cada segundo houve o amor de servir a Deus e a vida o tempo todo em nossas atitudes.

Quando Jesus disse que podemos fazer o mesmo que ele e até mais, podemos sentir que este ano que passou ficamos mais perto dele e de suas palavras. Ficamos mais perto dele e do seu amor por nós, ficamos mais perto das suas atitudes e ensinamentos. Ficamos mais perto da sua paciência, da sua flexibilidade e resignação, ficamos mais perto da sua fé e da sua certeza. Ficamos mais perto das suas orações por nós e isso nos deu mais certeza do ele nos disse: “de que nunca ia nos abandonar “ Um abraço, Pablo.

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